segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Dor que gera vida

“Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existe...”, já disse Clarice Lispector. Esse sentimento é diário em minha vida, me faz chorar, me faz sofrer, faz meu coração doer, mas também me faz crescer.
A distância do meu amor, aquela amiga que viajou pra longe, a irmã que mora em outro país, a vida fácil de criança que acabou... Tudo isso gera uma diversidade de outros sintomas, como a revolta por não poder voltar atrás e aproveitar melhor o tempo perdido, a raiva de mim mesma por não ter dito aquele eu te amo quando estava cara a cara, o arrependimento por não ter brincado tanto ou por não ter feito tantas loucuras.
Tantos devaneios que acabam por murchar em meus pensamentos, sonhos novos que já se frustraram, a danada só vêm me acabrunhar... A saudade é traiçoeira, ela dói, ela fere!
Mas nada que não possa ser suportado. Precisamos tê-la como lição, afinal, os sonhos não se acabam, apenas mudam de roupagem; o amor não morre devido a distância, ao contrario, é fortalecido; o carinho de amigo não diminui, os torna irmãos.
Já fui menina que olhava o horizonte perdido, imaginando a próxima brincadeira ou travessura, sinto saudades, mas agora sou mulher que olha para o passado, se alegra do que viveu - e até do que deixou de viver - e pensa no futuro com expectativas e anseios.
Esse sentimento, contudo, sempre existirá, ele nos alimenta, motiva a seguir em frente na busca de algo melhor e nos faz valorizar o que temos hoje em mão.
Enquanto houver saudade, há vida...

sábado, 27 de outubro de 2007

A moda das loucas




Diariamente vemos, nos meios de comunicação, propagandas com mulheres magras, com peitos grandes, cabelo bom e sedoso, rostos perfeitos, uma verdadeira perfeição. Vem logo um questionamento em mente, o que faz uma mulher perfeita? Qual o padrão de beleza a ser seguido? Vale a pena tudo na luta contra o envelhecimento?
Mulher perfeita para muitos é aquela com todas as qualidades possíveis e imagináveis, portadora de um corpo escultural, sem celulites ou estrias, com um rosto perfeito e geométrico e bem sucedida na carreira profissional. Na minha concepção (e perdoem-me se estiver errada) um mulherão é aquela que acorda às 5h da manhã, prepara o café das crianças e do esposo, se arruma para o trabalho e, após um dia estressante no escritório ou na empresa, faz um malabarismo para fazer as lições de casa com seus filhos, cozinhar a janta e ainda ficar bela e atraente para o marido.
Há alguns anos, o padrão de beleza era uma moça gordinha, cheia de curvas, um verdadeiro “violão”. A mídia hoje nos lança numa onda de modelos esqueléticas, que perderam completamente o biótipo de antigamente, confundindo muitas vezes a cabeça de jovens e levando-as a transtornos diversos, desde os psicológicos aos alimentares. O padrão a ser seguido não pode ser algo pré-estabelecido, varia de acordo com o físico de cada uma, Gisele Bündchen, por exemplo, tem aquele biótipo magrinho, já Ivete Sangalo é do tipo “gostosona”.
Plásticas, lipoaspirações, silicones, peelings faciais, tudo é útil quando não estamos satisfeitas com o corpo que temos, entretanto não deve ser tido como algo banal “Ah! Vou ali a clinica ‘Dona Ana’ fazer uma lipo!” já que se trata de um procedimento cirúrgico que pode por a vida em risco, o melhor a ser feito é analisar direitinho se vale a pena se submeter a isso ou recorrer a velhos métodos tais como uma dieta acompanhada por nutricionista, caminhadas pela calçadinha ou uma boa musculação.
O real necessário é não perdermos a essência de nós, MULHERES! Seja você loira, morena ou ruiva, branca, amarela ou negra, alta ou baixa, gorda ou magra, é preciso se amar nos mínimos detalhes sem se importar com o olhar do outro, mas nunca deixando de ter uma visão realista de nós mesmas.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Um Mambo em minha vida

Ao ler o livro “Marley e eu”, do escritor norte-americano John Grogan, ficamos fascinados com a história de um cachorro bem travesso e que nos leva em divertidas e cômicas aventuras. O enredo envolve nossos sentimentos de modo que cada palhaçada é um riso e cada momento difícil é uma lágrima nos olhos.
Por esses dias, numa incrível coincidência, meu irmão chegou de recife com seu novo cachorrinho, acabei ficando apaixonada e louca para ter um também. “Não, dá muito trabalho!” diz meu pai, “Ah! É melhor uma fêmea!” diz uma amiga. Penso não ser trabalhoso criar um animal, é uma relação de dependência na qual você dá amor e ele retribui com alegria pela manha, uma mordidinha no seu pé ou uma grande lambida naquela visita importante.
Mais complexo é criar gente... Que reclama, que te responde grosserias, que por vezes não devolve aquele carinho feito com tanto prazer. Nós somos bichos iguais ou pores aos cães, com uma única e ínfima diferença, temos a possibilidade de escolher pelo crescimento, intelectualidade e mudança da realidade, porém nem sempre fazemos isso e acabamos nos igualando aos amigos de quatro patas, que só agem segundo ordens.
Meu cachorro? Quem será? Ganharei um mesmo? Não sei, mas se sim...Baby Mambo ao ataque!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

encanto perfeito...

Dia legal na escola, obtive 9 em matemática, fiz prova de fisica a tarde, agora tô em casa e Júnior (irmão) e família (Janne, Jenjen, Jonjon e JJ, o novo cachorrinho!) chegaram de recife...

Ultimamente tenho aprendido a respeito da diversidade de pessoas e de suas peculiaridades, do modo como agem diante do inesperado ou como fogem de um sentimento que cativaram.
O ser humano é o bicho mais complexo que já conheci, se tem muito, despreza e se tem pouco, reclama, nunca está satisfeito com o que detém em mãos e prefere admirar o jardim vizinho enquanto o seu morre por falta de atenção.
Amor perfeito é utópico, não existe aquele ou aquela que se encaixe perfeitamente a você, ambos precisam se adequar ao outro, numa mesclagem de cumplicidade, renúncia e afirmação.
A pobre cumplicidade acaba sendo esquecida quando começamos a ser egoístas sem pensar no outro, no amado. Falta, então, aquela aventura a dois, as loucuras e os momentos de amor sem limites.
Renúncia requer anulação de algo em prol do outro, no intuito de um bem maior, a melhora e crescimento de um relacionamento. Contudo não podemos nos anular por completo, pois quando isso acontece há falta de personalidade e excesso de paixão, essa “infeliz” pode ser muito prejudicial se não dosada de maneira correta, então é bom estar sempre atento a isso!
E a afirmação?! Ela só vem ratificar as juras de amor um dia proferidas, aquele “Eu te amo” que foi esquecido e enferrujou na boca ou o beijo apaixonado que perdeu o sabor dos lábios. Confirmando, por fim, o sentimento antes conquistado.
Como já foi exposto anteriormente, não existe o amor perfeito, o príncipe encantado no cavalo branco ou o herói que nos salva do perigo. Há, na realidade, aquele homem que te faz feliz, que te mostra o amor com novas faces, que vem de moto, ônibus ou até a pé e que te salva de uma monstruosa barata na sala de sua casa. Esse sim é o perfeito, o que te ensina o amor e o que é sentir-se amada.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

°°Palavras iniciais°°

Hoje gostaria de explicar o porquê deste blog.
Sempre fui comunicativa o suficiente para expressar meus sentimentos e minhas colocações a respeito de diversos temas. Mesmo assim o fiz com o simples intento de levar cada pessoa a reflexão, mostrar meu ponto de vista, ou simplesmente fazer um desabafo.
Não espero ser lida por muitos, muito menos que todos gostem do que irão ler. Espero, singelamente, ser aceita, algumas vezes entendida e também questionada naquilo que discordarem de mim.
Por agora, é só! Bom fim de dia e até mais!